Qual a importância das Saídas Pedagógicas e Estudo do Meio?
Frequentemente, a Escola Nossa Senhora das Graças realiza saídas culturais, pedagógicas e estudos do meio. Mas qual é a importância desse tipo de atividade?
Saídas pedagógicas, saídas culturais e estudos do meio são algumas das nomenclaturas que damos às atividades realizadas fora da Escola. Elas servem para criar novos espaços para aprendizagem, fugindo das metodologias que mantêm os alunos presos à sala de aula. “Esse tipo de exercício enriquece as experiências vividas e desperta nos alunos a cooperação e o prazer pelo conhecimento”, explica Sonia Setembro Cavalheiro, coordenadora do Ensino Fundamental II.
Essas saídas visam:
- Proporcionar uma vivência dos conteúdos aprendidos em sala de aula;
- Aprender em contextos diferentes;
- Fortalecer a autonomia e a construção de vínculos com o grupo;
- Ampliar o universo cultural dos alunos;
- Possibilitar aos professores observarem seus alunos em outros ambientes de aprendizagens;
- Integrar as diferentes áreas do conhecimento.
“Entrar em contato com a realidade social, cultural e ambiental dos locais visitados permite que o aluno tenha sensações e percepções, além da troca de experiências com os colegas e professores possibilitando um aprendizado de forma mais significativa. Essas são as principais propostas dos estudos do meio e saídas pedagógicas da ENSG”, comenta Sonia.
No início de junho, os alunos do Ensino Fundamental II e Médio da ENSG realizaram algumas saídas culturais:
Os 6ºs anos foram até a cidade de Santos, onde tiveram uma gama de possibilidades a serem trabalhadas, já que no contexto da cidade, é possível fazer abordagens históricas, como o início da colonização no Brasil e o ciclo do café, até temas ambientais e econômicos, afinal, Santos abriga o maior porto da América Latina.
Os 7ºs anos foram para a Vila Ferroviária de Paranapiacaba, em Santo André, considerada um museu a céu aberto. Os alunos puderam reconhecer o período cafeeiro como o grande propulsor da economia do estado de São Paulo no século XIX, e identificar, no núcleo urbano da Vila, traços da influência inglesa em sua paisagem.
Nos 8ºs anos, assim como os desbravadores dos séculos XVI e XVII, os alunos seguiram rumo ao interior do estado com o objetivo de conhecer alguns dos principais pontos de origem bandeirista em São Paulo. Cidades como Santana de Parnaíba e Porto Feliz, permitiram que os alunos analisassem a história e o processo de expansão do território, além de compreenderem, por meio da geografia local, o bandeirismo e o ciclo de ouro.
E os 3ºs anos do Ensino Médio conheceram o Memorial da Resistência de São Paulo, uma instituição dedicada à preservação da memória da resistência e das repressões políticas do Brasil. Durante a visita, os alunos realizaram um resgate histórico do prédio que abrigou o DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Pública e Social de SP), com visitas às celas que foram utilizadas durante a Ditadura Militar. Ainda puderam identificar as múltiplas manifestações de resistências ocorridas nesse período, além de trabalhar a conscientização sobre direitos humanos e cidadania.
“Essas saídas pedagógicas vão muito além de complementar o que o aluno está estudando em sala de aula. É uma forma de estabelecer relações com o meio e desenvolver um olhar mais sensível para o objeto de estudo, aproximando-o da realidade”, conclui Sonia.