Feira Cultural da ENSG discute sobre o que nos torna brasileiros

Evento celebrou o Bicentenário da Independência do Brasil e os 100 anos da Semana de Arte Moderna

No dia 17 de setembro, a Escola Nossa Senhora das Graças realizou a sua XXXIV Feira Cultural, que teve como tema “Identidade: Tupi ot not Tupi”. Embasados pelo bicentenário da Independência do Brasil e os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, os alunos buscaram descobrir qual é a nossa Identidade. 

A Educação Infantil e o 1ºs anos do Ensino Fundamental retrataram os primeiros habitantes do nosso país: os povos indígenas. E mostraram como essa cultura ainda está presente em nosso dia a dia, através da exposição “As Cores da Nossa Identidade”, onde apresentaram hábitos, costumes, influências e heranças na alimentação, moradia, música, dança, artesanato e palavras de origem tupi que fazem parte do nosso vocabulário. 

Eles ainda realizaram uma apresentação musical como forma de agradecimento e respeito por tantos ensinamentos, com a canção “Tu, Tu, Tu, Tupi Guarani”, de Hélio Ziskind. “Preparamos para este momento, uma dança, que para nós, simboliza as cores do nosso Brasil, a valorização e a riqueza da nossa identidade”, conta Claudia Maldo Leite, coordenadora da Educação Infantil. 

Com a chegada dos portugueses, o que mudou? É isso que os alunos do Ensino Fundamental (anos iniciais), buscaram retratar na exposição “História do Brasil – 200 anos de Independência”, onde fizeram uma viagem pela história do nosso país, mostrando as influências e identidades que fomos construindo com a mistura de culturas e etnias.

Eles também fizeram uma apresentação musical de acordo com cada subtema das salas. Os 2ºs anos falaram sobre o Descobrimento do Brasil através da canção “Pindorama”, da Palavra Cantada. Os 3ºs anos realizaram um grande baile de gala para falar sobre o Brasil Colonial e a chegada da Família Real ao Brasil, com a música “Beija-Flor”, de Ernesto Nazareth. Já os 4ºs anos, ressaltaram a Independência do Brasil, com a canção “Descobrimento”, de Toquinho. E por fim, os 5ºs anos, falaram sobre a Escravidão, Abolição e a Herança Africana, com uma apresentação de “Bonse Aba” de Adriano Grineberg e uma grande roda de samba com “Canta Brasil”, de Gal Costa. 

Outro marco importante para a construção da nossa história, ocorreu em 1922, em comemoração aos 100 anos da Independência: a Semana de Arte Moderna. Um evento que reuniu um grupo de intelectuais brasileiros para questionar a influência que a cultura europeia ainda exercia em nosso país, através de apresentações para exaltar a identidade brasileira. 

Para retratar o tema, os alunos dos 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental discutiram a Semana de 22 através de Pinturas, Esculturas, Arquitetura e seus principais artistas. Os 8ºs anos demonstraram os movimentos artísticos que moldaram a data e os 9°s anos mostraram as críticas que o evento teve e como ele influenciou artistas que surgiram depois dessa data, como o Grupo Santa Helena (Grupo dos 5).

Já o Ensino Médio, retratou a Semana de Arte Moderna através de um viés literário, histórico e político, com apresentações interativas que nos conduziram pela busca da identidade brasileira em livros e autores que retrataram o nacionalismo e o novo, através do caipira, do indígena, da linguagem coloquial e dos neologismos.

Os 1ºs anos abordando obras de Vanguarda (Sítio do Picapau Amarelo – Monteiro Lobato) e Modernismo (O Cassino do Chacrinha – Rede Globo), os 2ºs anos com trabalhos que construíram a nossa Identidade como: Macunaíma (Mário de Andrade) e Urucungo (Raul Bopp). E o 3º ano dialogando a Semana de 22 com os tempos atuais, mostrando quais foram as heranças que esse evento nos deixou. 

Ao final do evento, tivemos a oportunidade de refletir sobre o que nos torna brasileiros, quais são as nossas características e identidades e finalmente responder: Tupi or not Tupi? Somos ou não somos brasileiros?

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