Nos moldes da sociedade

Por Isabelli Colombo, aluna do 3º ano A do Ensino Médio

Vivemos em uma sociedade onde a imagem é o mais importante. Uma foto bonita nas redes sociais passa necessariamente por um photoshop para disfarçar as imperfeições… Afinal de contas, mostrar quem somos de verdade é algo incogitável.

Fotos na praia: somente se seu corpo estiver dentro dos padrões de beleza, caso contrário, nem pensar.

Roupas bonitas e que estão na moda: apenas se você vestir um manequim menor que 40, (visto que as lojas não estão preocupadas em vestir pessoas gordas).

Mulher que não usa maquiagem, não pinta as unhas e não apresenta feminilidade: não é mulher de verdade.

São tantos e tão exigentes os padrões impostos, que fica impossível viver em plenitude sem sair deste pesadelo.

A toxidade dos “moldes” exigidos é algo que destrói cada vez mais os seres humanos. Observamos uma multidão odiando tudo aquilo que os define como realmente são, pessoas com aversão ao próprio corpo, às próprias peculiaridades, apenas porque suas características estão “fora do padrão”.

Doenças como anorexia, bulimia, depressão e ansiedade são apenas alguns dos males causados por essa exigência em agradar o mundo. É imprescindível que se viva para obter felicidade e total aceitação de quem somos e como somos. Afinal, se não estamos aqui para isso, a vida vale realmente a pena?

Estamos criando uma sociedade obcecada pelos padrões, indivíduos que não se destacam, não se impõem, que se limitam à busca de aprovação desnecessária. Passamos a vida inteira ouvindo que só um tipo de corpo é aceitável, somente um modelo de rosto é bonito. Seguimos estereótipos inúteis para agradar a quem? O que realmente importa é satisfazer os nossos próprios desejos, viver para o contentamento do nosso próprio ser.

Nem todos os padrões foram feitos para serem seguidos. O que faz o mundo ser belo como ele é são as diferenças, as exclusividades que pertencem a cada um de nós. O verdadeiro padrão de beleza é o amor próprio, independente da estética. Todos são muito mais que apenas um “rostinho bonito”.

Escola Nossa Senhora das Graças © 1958 - 2023. Todos os direitos reservados