Mais rigorosidade com o lockdown, por favor!
Por Gustavo Duarte Lucena, aluno do 3º ano do Ensino Médio
No último dia 3 de março, o governador João Dória (PSDB) decretou a fase vermelha para todo o estado de São Paulo. Essa fase é a mais restritiva da quarentena e entra em vigor no primeiro horário do próximo sábado, e deve permanecer até o dia 19 de março.
Foi anunciado também que o “toque de restrição” foi antecipado para às 20h. Essa foi uma medida anunciada no final de fevereiro, para complementar o Plano SP, que tinha como objetivo limitar a circulação de pessoas nas ruas entre as 23h e as 5h.
A exceção ocorre para o funcionamento de padarias, mercados e farmácias, além de escolas e igrejas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais, por meio de decretos estaduais. As novas medidas, segundo João Doria, são uma tentativa de conter o avanço da covid-19 após o Estado bater recordes de mortos e internados com a doença.
Com tudo isso anunciado, começam a surgir as dúvidas: será que isso vai bastar?
Outros países também endureceram as regras de confinamento para combater a pandemia. No entanto, assim como no Brasil, utilizaram de “meias medidas” e o resultado são as graves consequências que vemos hoje.
Quando tudo isso começou, em março de 2020, as pessoas tinham medo e as ruas, avenidas e rodovias pareciam desertas. Falando em datas comemorativas, na Páscoa, pudemos observar que as pessoas celebraram em suas próprias casas, pois, até aquele momento, ainda estavam respeitando a quarentena. No entanto, no Natal e Ano Novo, as pessoas, já saturadas com todo esse distanciamento e isolamento, voltaram a se aglomerar.
É claro, que não podemos nos esquecer dos numerosos trabalhadores que não tiveram alternativas. A grande parte da economia continuou funcionando e forçou os cidadãos a irem às empresas, se expondo ao vírus, enquanto utilizavam transportes públicos para o seu deslocamento.
O que podemos concluir é que essa medida aplicada nessa semana foi tardia, mas espero que realmente tenha eficácia. Aproveito para fazer um apelo para que as pessoas tenham mais empatia, umas com as outras, na hora de sair ou festejar.