Eu não sou um vírus
Por Yasmin Santana, aluna do 3º ano A do Ensino Médio
No início de 2020, um vírus surgiu na cidade de Wuhan, na China, e se espalhou para outros lugares da China e do mundo, levando não apenas o medo, mas também a ignorância sentida na pele por muitas pessoas.
O vírus, mais popularmente conhecido como coronavírus, ataca o sistema respiratório e é letal para algumas vítimas – grupo de risco. Especulações foram feitas sobre o surgimento do vírus através da ingestão de morcegos e/ou serpentes, informações não confirmadas, mas suficientes para disseminar o ódio e reforçar o preconceito contra a população chinesa, que muitas vezes é vista como “primitiva” e “pessoas que comem qualquer coisa”.
No metrô do Rio de Janeiro, a estudante de direito, Marie Okabayashi, foi insultada por uma idosa que, após perceber seus traços orientais, afirmou que todos os chineses e asiáticos estariam infectados com coronavírus. A estudante postou um vídeo do momento da agressão verbal em sua conta do Twitter com o intuito de achar a idosa e fazer uma denúncia. O vídeo já foi compartilhado inúmeras vezes na internet. Outros casos parecidos podem ser lidos na hashtag francesa #JeNeSuisPasUnVirus (Não sou um vírus).
Apesar de vivermos na Era da tecnologia e da informação, ainda é preciso espalhar bons exemplos e não o ódio e informações sem fontes seguras, impedindo que vítimas sofram de um ódio sem fundamento gerado pela desinformação. Devemos lembrar que as doenças não veem nacionalidade e que todos estamos suscetíveis a fatores externos e novas epidemias. Por isso, é preciso de união para combatermos o vírus.