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Ex-aluna da ENSG volta como Coordenadora do Ensino Fundamental I

Por Gabriela Carvalho, 3º ano B do Ensino Médio

Márcia Tavares Nieman, 52 anos, é formada em Pedagogia, foi aluna, professora e após vinte anos afastada, retorna a ENSG como assistente de direção e Coordenadora do Ensino Fundamental I. Durante entrevista, fala sobre as famílias atuais e como a relação com a educação está em constante mudança.

Ao longo desses anos você desenvolveu um método para lidar com as crianças na fase da pré-adolescência?

Eu não posso dizer que eu desenvolvi um método. Eu sempre fui muito carinhosa, queria casar e ter filhos achava que o que as crianças precisam é de algo maternal. É de carinho na hora de cuidar, falar, e também precisam de limites. Hoje eu vejo que eu consigo muitas coisas com as crianças, sendo carinhosa, tendo esse cuidado de mãe. Isso eu acho essencial para um trabalho nessa área de educação. Quando você coloca limite, consegue chegar até onde você precisa com a criança. Você observa que elas mesmas pedem esse limite, não é uma questão de ser algo imposto e que dói. Não é tudo que pode na hora que ela quiser, ela precisa de uma rotina.  Além disso, meu trabalho vai muito além de ensinar conteúdo, está justamente nesse trabalho de formação, que é o mais difícil. Às vezes as pessoas ficam presas naquilo que elas têm que ensinar e deixam essa parte de lado. Eu consigo muitas coisas com as crianças nesse sentido, estabelecendo essa relação de confiança para eles me falarem a verdade. Acho que isso é essencial, esse é o meu método.

Como é a experiência de trabalhar no mesmo lugar que você estudou?

Maravilhosa, porque aqui é a minha casa.

Por que você escolheu essa profissão?

Eu acho que tem tudo a ver comigo. Sempre brincava de escolinha quando era criança. Se não era de escolinha, era de mãe. Acreditava que era uma profissão que desenvolveria as mesmas funções, tanto que eu fui mãe e professora e agora, professora e mãe.

É fundamental saber lidar com as pessoas para trabalhar em uma Escola?

É fundamental lidar com as pessoas para trabalhar em qualquer lugar. O que existe de mais difícil hoje é você saber lidar com as pessoas, saber como as pessoas lidam com você, e ter consciência de  que não é tudo como você quer, nem a vida é. Você tem que ter uma capacidade de discernimento muito grande para conseguir enfrentar todos os problemas que aparecem. Em um relacionamento na sua casa, família, profissão, é preciso entender que as pessoas são diferentes e que cada uma tem uma prioridade, pensa de uma forma, e que isso não é defeito, é a maneira como a pessoa viveu, o que ela carrega de bagagem das experiências que ela teve na vida. O principal é entender e ir conseguindo com muito jeito fazer com que as pessoas te entendam. Isso é também uma questão de postura, às vezes a pessoa nem te conhece direito, mas já faz um pré-julgamento, e não pode ser assim.

Nesses 30 anos de Escola o comportamento dos alunos mudou? Como?

Mudou muito. Hoje a gente vê  uma desvalorização muito grande até mesmo por parte das famílias em relação aos professores. Está muito difícil, a criança, hoje, quer coisas diferentes, também está muito rápida. O aluno precisa escrever, ler, exercitar, precisa de repetições. A criança cansa muito mais rápido do que ela cansava antigamente e a família também acaba dando valor para outras coisas e não tanto para a Escola como deveria, porque querendo ou não, o que vai continuar para o resto da vida, são as coisas aprendidas.

O que exatamente uma coordenadora faz?

Tudo que você imagina. Aqui enquanto coordenação, eu tenho que estar preocupada com tudo que faz o bem-estar do meu aluno, desde o banheiro limpo, o pátio, a mesinha em que ele vai se sentar para comer, a sala de aula, a organização da Escola, o visual, tudo isso faz parte do meu trabalho.

Trabalho com os professores, com as crianças, tenho a preocupação com as atividades em que são conferidos todos os conteúdos, as provas.

O trabalho com o  Ensino Fundamental I é bastante intenso, possui toda uma organização que a gente caminha junto com o professor e fora aqueles atendimentos que a gente faz com pai e mãe.

O fato de ser aluna da Escola influenciou na sua escolha de trabalho?

Eu acho que o que mais influenciou na minha escolha de trabalho foi a minha mãe, que era professora, mas ela não trabalhava fora. Minha tia também era professora e eu achava o máximo ensinar. Não foi bem a questão de ser aluna da Escola, embora eu tivesse muitas oportunidades aqui, ajudava as professoras antes de fazer magistério.  No começo do ano, podia ajudar os pequenininhos que choravam, ficava junto com as professoras.  Era uma coisa minha mesmo, não era influência de nada, estava muito próximo daquilo que eu queria, que era ter filhos e, enquanto eu não tinha, podia ter muitos. A verdade é essa.

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